Claudemir Pereira

Questão: de onde virá e quem será o vice de Rodrigo Decimo

Um cenário bastante interessante e algo desafiador se apresenta para os maiores partidos aliados da prefeitura tucana e os movimentos para 2024. Acompanhe o raciocínio (baseado em informações) do colunista.

 
Semana passada, o PL gaúcho recebeu Jair Bolsonaro na Capital. A seção local, claro, esteve presente, através dos dirigentes Marco Mascarenhas e Ewerton Falk, e aproveitou a chance para, na presença do ex-presidente, confirmar a filiação do pastor e político Jader Maretoli.

O grupo foi e voltou da Capital com o mesmo discurso: a disposição de viabilizar uma candidatura própria à prefeitura. Algo, porém, muito improvável, dada à ligação com o atual governo e a presença importante no primeiro escalão.

Ainda há sete dias, quem se reuniu foi o Republicanos. Ao lado de lideranças estaduais, o partido também fez um discurso de possível candidatura própria à prefeitura, algo que não tem sido descartado, aliás, pelo presidente local Alexandre Vargas – vereador eleito mais votado.

E o partido do atual vice-prefeito, Rodrigo Decimo? Pois é, o União Brasil, fruto da união dos falecidos PSL e DEM, conta também com grande presença no Executivo, afora ter força na Câmara com Manoel Badke e fora dela, com Cida Brizola, ex-edil do PP e atual presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher.

Detalhe: Decimo e Badke foram instados pela direção regional do UB e, como bem noticiou a colega Jaqueline Silveira, intimados a se resolver. Dão ou descem. Ficam ou saem. Do ponto de vista eleitoral, é irrelevante. Seguirão no governo se forem, são as opções de ambos, ao PSDB (Decimo) ou PL (Badke).

Esse grupo de agremiações e o PSDB compõem o (por ora) quarteto de partidos âncoras do governismo. Se nada mudar (e isso, em se tratando de política, é impossível afirmar), sairão daí os candidatos a prefeito e o vice.

No primeiro caso, ninguém tem sequer um centésimo de milímetro de dúvida. Será Rodrigo Decimo, pelo partido que for, o PSDB ou o UB. E quem o secundará? Se ele seguir no União Brasil, será nome a ser indicado pelos tucanos. Se, porém, for para a sigla do atual prefeito, há ao menos cinco nomes possíveis e em análise, embora todos possam negar.
Quem? Justamente os citados acima. Em ordem alfabética, Alexandre Vargas (Republicanos), Cida Brizola (UB), Ewerton Falk (PL), Manoel Badke (UB ou PL) e Marco Mascarenhas (PL). Será um destes cinco. Exceto se um outro grande partido for incorporado ao grupo. Aí muda de figura e cenário. Mas que se alerte: a inclusão de mais siglas, por ora, é só devaneio de lideranças aqui, ali e, sobretudo, alhures.


O encontro do MDB e seu candidato “potencial” à prefeitura: Beto Fantinel

Grande balaio cheio de graúdos militantes, a começar pelo vice-governador Gabriel Souza, e o presidente estadual, Fabio Branco, além do secretário de Assistência Social Beto Fantinel (foto), deve dar status de grandes eventos ao encontro que o MDB promove neste sábado em Santa Maria.


Unindo na cidade representações das Coordenadorias Centro, Quarta Colônia e Vale do Jaguari, o partido pretende, afora oferecer manifestação forte, também dar a largada na mobilização para 2024. Pois é aí que, modéstia às favas, entra este espaço.


Aqui se escreveu, semana passada, sobre pré-candidaturas à prefeitura e possibilidade de redução do número de candidatos competitivos, literalmente:

“- ... Beto Fantinel, que alguns entendem ser uma terceira força (via?), pode estar perdendo a chance de virar real concorrente. E por quê? O colunista, com mais de uma fonte bem situadas sobre as coisas do MDB, tem a informação que o alto comando estadual do partido não priorizaria Santa Maria na disputa de 2024.”

Em função disso, a direção estadual da sigla enviou manifestação, que o escriba, democraticamente, transcreve a seguir, na íntegra:
“- Um dos principais fatores que contribuíram para que o MDB gaúcho escolhesse Santa Maria para o lançamento da série Mobiliza 15 é a estratégia para 2024. Quinto maior colégio eleitoral do Rio Grande do Sul (209,6 mil), o município entra na rota de atenção do partido e é uma das apostas para ampliar a representatividade nos maiores centros. Um dos potenciais nomes para a disputa à prefeitura de Santa Maria é o do atual secretário de Assistência Social do Estado, deputado Beto Fantinel. O evento será no dia 1º de julho.”

Pois então... Que cada um conclua como entender mais adequado. O espaço para a resposta foi oferecido e devidamente aceito e registrado. Quanto ao resto, como já se escreveu aqui, parafraseando icônico e aposentado comentarista esportivo, é isso e mais meio quilo de farofa.


Gurizada do Novo e Riesgo e a curva dada por Maretoli no PP


GURIZADA - Ainda não se sabe se Giuseppe Riesgo será candidato a prefeito, pelo Novo. É provável que sim, e com o apoio do PP - ainda que volta e meia chega o murmúrio de que ele poderia também, como plano B, se transferir para Porto Alegre e, nesse caso, aceitar convite para concorrer a vereador por lá.

O certo porém, é que a relação dele com o Clube Farroupilha, reduto de jovens liberais alinhados à direita, defensores das chamadas liberdades individuais e do mercado, pode render um punhado de concorrentes à vereança em Santa Maria.

 
Um grupo de novistas (ou não), ligados ao CF, estaria pensando em estrear na política, via parlamento, trilhando o caminho de seu mentor. De todo modo, por cá ou alhures, o certo é que Riesgo projeta, para o Novo, em 2024, nominata que garanta pelo menos uma cadeira legislativa ao partido em Santa Maria. Questões a ser conferidas. E não demora.

A CURVA - O charme do ex-presidente Jair Bolsonaro e o pragmatismo (leia-se, menor concorrência) seriam os motivos para a curva que Jader Maretoli (foto) deu no PP, com o qual negociava a filiação, e se alistasse oficialmente nas fileiras do PL. Candidato em 2024? Provavelmente. E a vereador. O fato é que o pastor e politico, agora animado liberal, já está na sua sexta agremiação partidária. Antes esteve no PTB, PSL, PSC, Solidariedade e Republicanos. Pelos dois últimos, inclusive, concorreu a prefeito em 2016 e 2020, respectivamente.


 



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